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Entre tantas dificuldades, crianças, jovens e adultos ensinam que é possível sonhar com o futuro

16/08/2017
Entre tantas dificuldades, crianças, jovens e adultos ensinam que é possível sonhar com o futuro

Em uma comunidade de São Paulo bastante conhecida pela violência, encontramos Regina, 30 anos, dona de casa, diarista e mãe de cinco crianças. Ela, que mora em uma casinha muito simples beirando à linha do trem, compartilhou com a Fundação Abrinq que sonhar é um direito de todas as crianças, adolescentes e também de adultos!

Nossa conversa começa com um grande ruído, que chega a estremecer a casa inteira. “É o dia todo assim, a gente já se acostumou com o barulho né? Esses dias, tinha um espelho na parede e ele caiu no chão. Quebrou em pedacinhos. O trem fica passando pra lá e pra cá, então ele caiu”, lembra Regina.

Apesar das dificuldades da família, Saulo, filho tímido e com os olhos sempre atentos às palavras da mãe, revela que, assim como seu irmão Jorge, tem boas novidades para contar: ele está fazendo um curso de computação na Sociedade Benfeitora Jaguaré, uma das organizações parceiras à Fundação Abrinq, por meio da Rede Nossas Crianças (RNC).

Jorge nasceu na mesma época em que a mãe se mudou para a comunidade: há mais ou menos 16 anos. Regina conta que incentivou os meninos a irem para a Benfeitora “Pra tirar um pouco da rua né. Aqui na comunidade, menino na rua acaba indo para mal caminho. Então, pra ocupar a mente, eles precisam fazer alguma coisa. E estudar é a melhor opção” relata.

O que Saulo aprende lá? “A entender mais sobre o computador. Como se faz para mexer nos programas, fazer tarefas, como usar com internet e várias coisas”, explica muito animado.

Quando perguntamos se Saulo gostaria de trabalhar com o computador no futuro, ele revela que tem outros planos: “Pretendo fazer outras coisas usando o computador... Sonho em ser arquiteto para construir um prédio, uma casa. Sei desenhar bem”, complementa com orgulho e cheio de sonhos para o seu futuro.

Saulo, que iniciou as atividades na Benfeitora este ano é uma das muitas crianças e adolescentes atendidos pela organização local, assim como seus irmãos. Jorge, além de computação, já fez curso de Departamento Pessoal e Gabriela, a outra irmã, faz aulas de música.

“Eu espero que lá na frente eles sejam bons estudantes, que vão realizar o sonho deles, terminar os estudos, fazer os cursos deles e lá pra frente, quem sabe, fazer faculdade. É o que a gente espera né?”, comenta mãe, que vê no empenho e boa vontade dos filhos jovens uma janela para um futuro melhor e possível.

*Nomes fictícios para proteger a identidade das crianças e adultos.

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