A infância e a adolescência devem estar sempre no centro das políticas públicas municipais. Para que isso aconteça de forma planejada e estratégica, é importante que cada prefeitura participante do Programa Prefeitas e Prefeitos Amigos da Criança (PPAC) nomeie oficialmente o seu articulador municipal.
Esse profissional é o principal elo entre a gestão municipal e a Fundação Abrinq, funcionando como ponto de ligação entre diferentes setores da administração pública, conselhos de direitos e órgãos estratégicos. A atuação do articulador garante que os compromissos assumidos por prefeitas e prefeitos no início da gestão se traduzam em ações concretas em benefício de crianças e adolescentes.
Mais do que um cargo formal, o articulador municipal exerce funções que impactam diretamente a efetividade das políticas públicas locais. Ele organiza informações importantes para diagnósticos sociais, monitora indicadores de infância e adolescência, coordena a elaboração do Plano Municipal para a Infância e Adolescência (PMIA) e acompanha a execução do Orçamento Criança e Adolescente. Esses instrumentos são a base para que cada município possa planejar, executar e avaliar suas ações orientados por dados, garantindo transparência e resultados reais.
O articulador também tem a responsabilidade de engajar e mobilizar diferentes setores da sociedade. Seu trabalho envolve articular conselhos de direitos, escolas, famílias, organizações da sociedade civil e até as próprias crianças e adolescentes. Dessa forma, ele amplia a rede de proteção e oportunidades, criando um ambiente em que a infância e a adolescência sejam priorizadas de maneira transversal em todas as políticas públicas.
Outro papel central do articulador é assegurar que a voz de meninas e meninos seja considerada no processo de monitoramento e avaliação das políticas municipais. Isso fortalece a participação social e ajuda a construir soluções mais adequadas às reais necessidades da comunidade.
Dessa forma, o articulador municipal é uma peça-chave para fortalecer a gestão pública, garantindo que cada criança e adolescente tenha acesso a direitos, oportunidades e proteção. Sem a atuação desse profissional, os compromissos assumidos pelas prefeituras dentro do Programa correm o risco de não se concretizarem plenamente.
Por isso, os municípios que ainda não realizaram a nomeação de sua equipe do Programa Prefeitas e Prefeitos Amigos da Criança precisam fazê-lo o quanto antes. Essa etapa é necessária para acompanhar as atividades propostas, participar das ações de capacitação e monitoramento e avançar de forma efetiva na construção de políticas públicas voltadas à infância e adolescência.