A Cúpula das Infâncias é um dos momentos mais simbólicos da Cúpula dos Povos de 2025. Trata-se de um espaço que reúne movimentos sociais e organizações da sociedade civil de todo o mundo durante a COP 30, em Belém - PA. O encontro reconhece crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e agentes fundamentais nas discussões sobre justiça climática e bem viver.
Com o objetivo de garantir que as vozes infantis estejam presentes nesse debate, a Fundação Abrinq apoiou duas organizações do município de Belém: o Lar Fabiano de Cristo, integrante da Rede Nossas Crianças, e o Movimento República de Emaús, conveniado ao Programa Nossas Crianças, para que participem das atividades da Cúpula das Infâncias com os meninos e meninas atendidos. Além disso, a Fundação Abrinq também apoiou as ações educativas previstas na Cúpula das Infâncias.
“A Cúpula das Infâncias é um grande movimento que concretiza a participação de crianças e adolescentes nas discussões sobre justiça climática. Possibilitar a escuta e o envolvimento desse público faz toda a diferença, uma vez que acreditamos que a garantia do direito à participação é dever de todos nós. Discutir as mudanças climáticas a partir do olhar das infâncias e adolescências, em especial das periferias, pensar com, e não para, eles e construir estratégias de enfrentamento individuais e coletivas que estejam ao alcance de suas realidades locais constituem-se como objetivos do nosso trabalho”, relata Elizangela Monteiro, coordenadora do Lar Fabiano de Cristo.
Já Débora Ribeiro, coordenadora do Movimento República de Emaús, relata: “em Belém, o transporte está muito concorrido e a organização não teria condições de arcar com esse deslocamento neste momento. Por isso, a sensibilidade e o apoio da Fundação Abrinq foram fundamentais para que pudéssemos garantir a participação dos nossos meninos e meninas na Cúpula das Infâncias. Ao longo de todo o ano, dialogamos com as crianças e adolescentes sobre temas relacionados à proteção e à dignidade, e o meio ambiente faz parte dessa conversa. Por isso, é graças ao suporte da Fundação Abrinq que os meninos e meninas de Emaús poderão viver essa experiência única de aprendizado, troca e protagonismo”.
O apoio foi realizado em duas frentes complementares:
Primeira frente: repasse financeiro para cada organização, destinado ao transporte de ida e volta das crianças e adolescentes participantes, garantindo sua presença nas ações programadas.
Segunda frente: repasse financeiro para a organização da Cúpula das Infâncias, voltado à compra de materiais pedagógicos e educativos utilizados nas oficinas e atividades lúdicas que serão oferecidas durante o evento, como pintura, leitura, teatro, dança e jogos cooperativos.
De acordo com Michelly Antunes, líder do Programa Nossas Crianças, “apoiar organizações parceiras que estejam engajadas e contribuindo para que crianças e adolescentes possam aprender e a debater cada vez mais sobre o futuro ambiental é muito importante, uma vez que ações como a Cúpula das Infâncias contribuem para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis pelo planeta”.
A expectativa é de que 5 mil crianças e adolescentes sejam beneficiados com as ações.
Como funciona a Cúpula das Infâncias?
A Cúpula das Infâncias, que acontece entre 12 e 16 de novembro, é composta por três grandes momentos:
• Tempo de Preparação, voltado à mobilização das organizações e das próprias crianças e dos adolescentes;
• Tempo de Acolhimento, com uma grande Ciranda Infantil que reúne cerca de 1.000 crianças. São realizadas ações lúdicas, culturais e formativas com as crianças e adolescentes brasileiros e de outros países;
• Tempo de Protagonismo, quando 200 lideranças infantis participam de debates e construirão a Carta das Infâncias: Bem Viver e Justiça Climática. Trata-se de um documento que será apresentado ao final com a perspectivas das infâncias amazônicas sobre os temas abordados na COP 30.
Para a Fundação Abrinq, a iniciativa representa mais um passo importante na missão de defender os direitos e ampliar as oportunidades de participação social de crianças e adolescentes, especialmente nas pautas que dizem respeito ao seu futuro e ao planeta em que vivem.
“Aqui no Lar Fabiano de Cristo, buscamos parceiros que acreditam, assim como nós, que a participação e o protagonismo de crianças e adolescentes são indispensáveis para a promoção de políticas públicas voltadas a esse grupo. Nada deles, sem eles. É por isso que a Fundação Abrinq tem sido esse agente que impulsiona, potencializa e acredita no trabalho da nossa unidade. O recurso doado contribui diretamente para que nossos meninos e meninas possam vivenciar e participar com qualidade dos debates e discussões sobre o clima, aproximando eles ainda mais dessa pauta tão necessária para o presente e o futuro do nosso planeta”, complementa Elizangela.
A Cúpula foi aberta no dia 12 de novembro com apresentações culturais que celebraram a diversidade e o protagonismo das infâncias amazônicas. Subiram ao palco o Grupo Içá, além das crianças dos grupos de percussão do Lar Fabiano de Cristo e do Movimento República de Emaús. A programação segue com apresentações de crianças indígenas da Coiab, estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) e de outros projetos ribeirinhos de Belém e de diferentes estados brasileiros.
Também estão previstas oficinas com adolescentes mediadas por professoras da Universidade de Helsinque (Finlândia), além de um bate-papo com a professora Irene Rizzini, que abordará os temas da participação e do protagonismo infantojuvenil. A agenda inclui ainda encontros com os ministros da Educação (13) e da Saúde (14), fortalecendo o diálogo intergeracional sobre políticas públicas e o futuro das novas gerações.
Acompanhe as redes sociais da Fundação Abrinq para saber mais.