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Covid-19: os impactos do isolamento social na saúde mental das crianças e dos adolescentes

Vie, 15/05/2020 - 18:40
Covid-19: os impactos do isolamento social na saúde das crianças e dos adolescentes

Ajustar a rotina das crianças e dos adolescentes com a dos pais, responsáveis e outros familiares durante o período de isolamento social é um desafio para milhares de famílias que estão cumprindo a quarentena em casa no Brasil. Quando uma situação de emergência acontece, como a pandemia da Covid-19, o distanciamento social é, muitas vezes, a ação proposta pelas autoridades para mitigar a propagação da doença, preservar a saúde e proteger a vida da população. Porém, ao ser determinada a permanecer em casa, mudar seus hábitos e sua convivência social de forma tão rápida, uma pessoa pode desenvolver transtornos como a ansiedade e depressão. Para algumas crianças e adolescentes, as consequências do isolamento podem ser ainda piores, já que não possuem total entendimento da situação e de como enfrentá-la. 

Além disso, existe o conflito acadêmico, uma vez que as aulas presenciais no país foram suspensas e o calendário letivo de algumas escolas está paralisado. Muitas delas optaram pelo método de ensino a distância, fato que pode se tornar mais uma barreira para a adaptação das famílias ao dia a dia dentro de casa.

“Esta é uma oportunidade para que todos da casa dialoguem entre si e programem horários para atividades comuns, tais como tarefas de organização da casa, refeições, realização de brincadeiras e jogos, assistir programas de TV etc. Também devem ser organizados horários para atividades individuais, tais como tarefas escolares e atividades de home office. A programação deve ser sempre reavaliada em conjunto, com a participação das crianças e adolescentes, para que possa ser aprimorada”, explica Eliana Ribas, psicanalista e doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Algumas ações podem auxiliar para que este momento se torne uma chance de fortalecimento da convivência familiar e dos vínculos afetivos com as crianças e os adolescentes. Conheça quais são elas: 

  • Busque conhecer e entender a programação de tarefas e atividades proposta pela escola neste período; 
  • Incentive e apoie a realização de atividades escolares e outras, participando ativamente de todas, caso seja possível;
  • Reforce o contato com a escola para esclarecimentos sobre eventuais dúvidas;
  • Estimule a prática de jogos, brincadeiras e outras atividades de desenvolvimento do imaginário, da linguagem, das capacidades cognitivas, motoras e das emoções; 
  • Estimule ou reforce a prática do diálogo e da comunicação;
  • Incentive sempre a alimentação e o sono saudável.

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