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“Com a doação, pude colocar comida na mesa”

Mié, 25/08/2021 - 09:41
“Com a doação, pude colocar comida na mesa”

A Fundação Abrinq continua mobilizando parceiros e doadores para efetivar a compra de cestas básicas, produtos de higiene, limpeza e outros itens essenciais à saúde e sobrevivência das crianças, dos adolescentes e de suas famílias. O objetivo é potencializar o apoio às populações em situação de vulnerabilidade no Brasil.

As doações aconteceram com a ajuda de diversas organizações sociais parceiras que ficaram responsáveis pela entrega dos produtos.

50 anos transformando realidades

Uma das instituições beneficiadas é a Sociedade Diademense de Proteção ao Menor (SODIPROM), uma organização social sem fins lucrativos que, desde 1970, prepara adolescentes das comunidades de Diadema – SP para ingressarem no mundo do trabalho como aprendizes em várias áreas do conhecimento.

Atualmente, a organização está instalada em uma área própria, no coração de Diadema e atende cerca de 1.100 adolescentes e jovens na faixa etária de 15 a 24 anos que estejam matriculados em unidades de ensino no município.

A instituição oferece formação para aprendizes administrativos, desenvolvendo habilidades e competências básicas em funções relacionadas ao universo profissional, ampliando as perspectivas dos adolescentes.

A partir de 2015, a Sodiprom firmou parceria com a Prefeitura Municipal de Diadema para ofertar o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, atendendo 120 adolescentes de 15 a 17 anos, encaminhados pela rede socioassistencial da cidade. Tem como objetivo o fortalecimento da convivência familiar e comunitária e contribuir para o retorno ou permanência do público na escola, por meio do desenvolvimento de atividades que estimulem a convivência social, a participação cidadã e uma formação geral para o mundo do trabalho.

Com o intuito de promover a formação integral dos adolescentes, o Programa de Formação Básica oferece ferramentas e conhecimentos para a inserção no mercado de trabalho. Anualmente, 500 meninos e meninas são preparados para este fim.

“Com a doação, pude colocar comida na mesa”

O Programa de Socioaprendizagem visa a inserção de jovens no mercado de trabalho por meio da Lei de Aprendizagem 10.097/2000, responsável pela determinação das regras envolvidas na contratação de um jovem aprendiz.

Valdir Lixandrão, gerente da entidade, orgulha-se ao afirmar que “cerca de 400 adolescentes que participaram do programa foram chamados para trabalharem em empresas da região".

Reflexos da pandemia

Como em todo o País, a pandemia atingiu em cheio as famílias dos adolescentes atendidos pela SODIPROM. “Elas estão sofrendo com o desemprego e não dispõem de recursos para a compra de alimentos. Com a suspensão das aulas, as crianças não faziam mais as refeições aqui e não se alimentavam de forma adequada”, conta Marlene Frutuoso, assistente social e responsável pelo projeto, há sete anos na instituição.

A nova realidade prejudicou também o andamento das atividades, pois eram realizadas presencialmente, sendo necessária uma adaptação da instituição e dos alunos com a disponibilização de uma plataforma virtual. “Foi uma luta para nós, pois não tínhamos muitos equipamentos e os alunos também não”, relata a assistente social.

A SODIPROM é uma organização conveniada ao Programa Nossas Crianças da Fundação Abrinq, no eixo de aprendizagem, recebendo suporte e assessoramento técnico. “O apoio recebido através do programa, no biênio 2019-2021, representou muito para nós em termos de planejamento e na nossa estruturação, além de podermos ajudar os adolescentes e suas famílias neste período tão difícil”, reconhece Valdir.

Cesta básica: garantia de alimentação no mês

“Estas doações vieram em uma época muito importante. No ano passado, o meu esposo ficou desempregado por conta da pandemia e estávamos passando por dificuldades. Em muitos dias, não tinha nada em casa para alimentar a minha família”, agradece Givaneide, no dia da entrega das cestas, na sede da instituição.

Lucimar, que aguardava na entrada do refeitório a retirada da doação, agradece pela ajuda que chega em um momento difícil de sua vida. “Recebi o diagnóstico de uma doença renal e hepatite e não estou podendo realizar alguns serviços como antes fazia. Antes da pandemia, estava trabalhando e tinha um emprego fixo. Mas depois, fiquei desempregado e doente. Com os alimentos, pude colocar comida na mesa de minha família. Tenho esposa e uma filha. Queria muito trabalhar, mas as dores não me deixam”.

“As famílias agradeciam muito emocionadas por essa ajuda. Para algumas delas, era a única garantia de alimentação no mês para todos os integrantes da família”, diz Marlene, emocionada.

Muitas famílias ainda precisam de ajuda. Clique aqui, faça uma doação única e ajude a transformar vidas.