Os cuidados com os dentes devem começar o mais cedo possível para evitar o surgimento de problemas e corrigir complicações que surgem ainda nos primeiros anos de vida.
O Programa Adotei um Sorriso, que este ano completa 25 anos, tem como objetivo mobilizar e engajar dentistas e psicólogos que queiram se dedicar voluntariamente, oferecendo atendimento às crianças e aos adolescentes, em seus consultórios ou desenvolvendo ações de saúde preventiva nas organizações da sociedade civil que integram o programa. A iniciativa atende todas as regiões do Brasil.
O voluntariado é o protagonista desta iniciativa. Em 2021, foram doados 15 aparelhos ortodônticos para crianças e adolescentes por oito dentistas que fazem parte do programa. Ao longo do tratamento, foram realizadas 108 consultas e beneficiadas crianças e adolescentes atendidos por nove organizações sociais localizadas em São Paulo, capital, e Diadema, na região metropolitana de São Paulo.
Durante o atendimento clínico, foi diagnosticada a necessidade do tratamento com a colocação do aparelho para a correção da má oclusão (alinhamento anormal dos dentes). Os especialistas afirmam que, quanto mais cedo a necessidade de uso do aparelho for diagnosticada e aplicada, melhores são os resultados alcançados pelo paciente.
Um novo sorriso para Marco Antonio
Marco Antônio é uma das crianças e adolescentes beneficiados com a doação do aparelho ortodôntico. Ele faz parte do Centro da Criança e do Adolescente (CCA) São Francisco de Assis, localizado no Brás, zona leste de São Paulo - SP, uma organização sem fins lucrativos mantida pela Igreja Católica, desde o início da década de 90.
A organização atende 120 meninos e meninas e possui atividades socioeducativas no contraturno escolar como oficinas de artes integradas de dança, teatro, violino, artesanato e noções de cidadania e preservação do meio ambiente.
Carolina Ramos, assistente técnica do CCA, conta que a instituição é conveniada desde 2017 ao Programa Adotei um Sorriso, da Fundação Abrinq. “Estamos sempre atentos e quando identificamos uma criança ou adolescente com a necessidade de um tratamento odontológico, entramos em contato com a família e com a equipe do programa para agendamento e atendimento com o profissional voluntário. Com o Marco Antonio foi assim”, explica Carolina.
A mãe de Marco, Maria Lucia Leite, relata que ele se queixava de dificuldades na mastigação e alguns dentes haviam nascido tortos na arcada dentária. “Eu já havia procurado atendimento odontológico no posto de saúde do bairro. Porém, me informaram que no caso dele, só resolveria com o uso do aparelho ou até mesmo uma cirurgia. Mas o custo era alto”.
A organização entrou em contato com a equipe do programa e agendou consulta para Marco em dezembro de 2020. Na ocasião, foi feito o tratamento de duas cáries e a dentista voluntária o encaminhou para um profissional especializado em ortodontia.
Marco chegou ao consultório do ortodontista Sylvio Gonçalves Filho, em maio do ano passado. “Ele necessitava de tratamento ortodôntico para ter a sua mastigação e estética normalizada. Solicitamos uma documentação ortodôntica específica, elaboramos o planejamento de um tratamento especial para ele, que foi realizado e segue normalmente”.
O tratamento tem duração prevista de até três anos e, segundo o dentista, Marco está evoluindo bem. “Ele colabora bastante comparecendo às visitas mensais para a manutenção e ajustes necessários no aparelho. Isso é fundamental para que o tratamento tenha o sucesso esperado”.
Segundo a mãe, além de um novo sorriso, Marco agora ganhou uma diversão. “Ele adora escolher a cor das borrachinhas que serão colocadas no aparelho a cada visita e pede para fotografar a cada vez que troca. Não vê a hora de chegar o dia da consulta”.
O Dr. Sylvio conta que a cor das borrachinhas serve como um estímulo a mais para o paciente colaborar com o tratamento e cuidar do aparelho.
O tratamento, desde a consulta, documentação, aparelho e manutenção, foi realizado de forma gratuita pelo voluntário do programa. “Na minha opinião, todos os profissionais deveriam se beneficiar de uma oportunidade como essa que é oferecida pela Fundação Abrinq e que, a partir das suas profissões, possam exercer o lado humano, de poder servir ao próximo. Isso vale muito. Essa é a minha remuneração mais importante”, relata Sylvio.
Faça parte desta corrente do bem
Esta corrente do bem faz com que meninos e meninas tenham a sua cidadania e os seus direitos respeitados e, com isso, possam resgatar a autoconfiança, alegria, automotivação e também o seu amor-próprio.
Por outro lado, os voluntários participantes do programa compartilham que quem é voluntário também cresce como ser humano, pois tem a oportunidade de aprender, evoluir, compartilhar e se transformar em uma pessoa ainda melhor.
Faça parte desta iniciativa. Se você é um dentista ou psicólogo, seja voluntário do Programa Adotei um Sorriso. Entre em contato com a Fundação Abrinq pelo e-mail adotei@fadc.org.br ou WhatsApp (11) 94512-4119, e ajude a transformar a realidade de milhares de crianças e adolescentes que estão perto de você.