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Como falar sobre saúde mental com crianças e adolescentes

Jue, 10/10/2024 - 14:57
Como falar sobre saúde mental com crianças e adolescentes

Em 10 de outubro, é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental, uma data para conscientizar sobre a importância do cuidado emocional em todas as fases da vida, incluindo a infância e a adolescência. Dessa forma, conversar sobre saúde mental com pessoas nessa etapa da vida é fundamental para que cresçam mais preparados para lidar com desafios emocionais futuros.

Ainda assim, tratar de um tema tão delicado e profundo com pessoas em fase de amadurecimento pode ser desafiador para pais, educadores e outros adultos que cuidam de crianças e adolescentes no seu dia a dia. Para ajudar, a Fundação Abrinq reuniu algumas dicas, que você pode conferir abaixo:

1. Comece cedo e normalize o assunto

Falar sobre saúde mental desde cedo ajuda a quebrar o tabu em torno do tema. Em vez de esperar que a criança ou o adolescente enfrente uma crise emocional, introduza o conceito de saúde mental no cotidiano, explicando que todos têm emoções e que é natural sentir tristeza, raiva, medo ou alegria.

2. Escute ativamente

Ouvir é uma parte essencial de qualquer conversa sobre saúde mental. Muitas vezes, as crianças e os adolescentes têm dificuldade em expressar o que sentem, ou podem achar que seus problemas não são importantes o suficiente para serem discutidos. Por isso, ao escutar, procure validar o que eles estão sentindo. Evite respostas automáticas como "Vai passar" ou "Isso não é tão grave", pois essas reações podem fazer com que sintam que suas emoções estão sendo subestimadas.

3. Utilize recursos lúdicos

Incorporar filmes, livros e outros materiais lúdicos pode ser uma ótima forma de abrir o diálogo sobre emoções e saúde mental. Animações como Divertida Mente (2015) são excelentes para explicar como diferentes emoções afetam o nosso comportamento, especialmente para crianças. Para adolescentes, filmes como As Vantagens de Ser Invisível (2012), que retrata a luta de um garoto com a depressão, podem ser importantes para refletir sobre seus próprios sentimentos.

4. Desmistifique o conceito de saúde mental

Muitas pessoas crescem associando a saúde mental apenas a casos graves, como depressão ou esquizofrenia. É preciso explicar que todos nós temos saúde mental, bem como temos saúde física, e que é importante cuidar dela de maneira preventiva.

Você pode explicar que, assim como é preciso uma boa alimentação e exercícios para manter nosso corpo saudável, também é necessário adotar hábitos que cuidem da mente. Isso pode incluir atividades simples como tirar um tempo para relaxar, praticar hobbies, dormir bem e ter conversas abertas sobre sentimentos.

5. Seja o exemplo

Crianças e adolescentes aprendem muito observando o comportamento dos adultos ao seu redor. Por isso, demonstrar que você valoriza sua própria saúde mental, que fala sobre seus sentimentos e que busca ajuda quando necessário, cria um exemplo positivo. Você pode compartilhar suas próprias experiências de maneira adequada, mostrando que não há vergonha em admitir que precisa de ajuda.

Além disso, demonstre práticas de autocuidado no seu dia a dia. Se você costuma fazer pausas para relaxar, pratica atividades que gosta e cuida de seu bem-estar emocional, as crianças e os adolescentes perceberão a importância dessas ações e estarão mais propensos a adotá-las também.

Como a Fundação Abrinq promove a saúde mental de crianças e adolescentes?

A Fundação Abrinq, como organização atuante na causa da infância e adolescência no Brasil, sabe do seu papel na promoção da saúde mental de crianças e adolescentes no país. Para isso, desenvolve o Programa Adotei um Sorriso, viabilizando o acesso gratuito aos serviços de saúde bucal e atendimento psicológico para menores de 18 anos atendidos pelas organizações da sociedade civil integrantes do programa por meio de voluntários.

Para saber mais sobre este e outros trabalhos da Fundação Abrinq, acesse aqui o site institucional da organização.

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