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Abril Azul: saiba mais sobre autismo na infância

Mar, 08/04/2025 - 11:25
Mãos segurando um quebra-cabeças colorido em formato de coração, ao lado da frase "Abril Azul"

Durante este mês, a campanha Abril Azul chama a atenção da sociedade para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), reforçando a importância da conscientização, da inclusão e do respeito às diferenças. Segundo um estudo recente, a desinformação sobre autismo cresceu 15.000% nos últimos cinco anos nos países da América Latina e do Caribe. 

Para mudar este cenário, a Fundação Abrinq, comprometida em promover os direitos de crianças e adolescentes em todo o Brasil, divulga abaixo uma explicação clara e acessível sobre o autismo na infância, respondendo perguntas frequentes que ajudam a esclarecer dúvidas e combater o preconceito. 

O que é o autismo? 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a maneira como a pessoa se comunica, interage socialmente, percebe o mundo e se comporta. O termo “espectro” é usado porque há uma grande variedade de manifestações, com diferentes níveis de intensidade. 

Cada criança com autismo é única. Algumas podem apresentar dificuldades na linguagem verbal, outras podem se comunicar bem, mas ter desafios para lidar com mudanças na rotina ou interpretar expressões sociais, por exemplo. 

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Quais são os primeiros sinais de autismo na infância? 

Os sinais costumam surgir nos primeiros anos de vida e variam de uma criança para outra. Entre os mais comuns, estão: 

  • Dificuldade em manter contato visual; 
  • Pouco interesse em interações sociais ou em brincar com outras crianças; 
  • Atraso na fala ou ausência de linguagem verbal; 
  • Repetição de movimentos; 
  • Sensibilidade intensa a sons, luzes ou texturas; 
  • Apego excessivo a rotinas e resistência a mudanças. 

É importante lembrar que a presença de um ou mais desses sinais não significa, por si só, que a criança tem autismo. Apenas uma avaliação profissional pode confirmar o diagnóstico. 

Como é feito o diagnóstico de autismo? 

O diagnóstico do TEA é clínico, baseado na observação do comportamento da criança e em entrevistas com pais ou responsáveis. Geralmente, é feito por uma equipe multidisciplinar, que pode incluir pediatras, neuropediatras, psiquiatras infantis, psicólogos e fonoaudiólogos. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de a criança receber o suporte necessário para desenvolver seu potencial. 

O que fazer após receber o diagnóstico? 

O primeiro passo é buscar informações confiáveis e apoio emocional. Receber o diagnóstico de TEA pode ser um momento desafiador para pais e responsáveis, mas é também o início de uma jornada de acolhimento, respeito e desenvolvimento. 

A criança pode se beneficiar de terapias especializadas, como fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e intervenções comportamentais, que devem ser ajustadas às suas necessidades específicas. Também é importante contar com o apoio da escola e da comunidade, garantindo que o ambiente em que a criança vive seja inclusivo, compreensivo e seguro. 

Mãos de crianças segurando peças de um quebra-cabeças colorido

Crianças com autismo podem frequentar a escola regular? 

De acordo com a legislação brasileira, crianças com autismo têm o direito de estudar em escolas regulares, com apoio especializado quando necessário. A inclusão escolar é fundamental para o desenvolvimento social, emocional e acadêmico, e deve ser acompanhada por estratégias pedagógicas adequadas. Cabe às escolas e redes de ensino garantir um ambiente acolhedor e adaptado, com formação de educadores e suporte às famílias. 

Como lidar com os desafios do autismo no dia a dia? 

Cada família aprende, ao longo do tempo, quais estratégias funcionam melhor para apoiar a criança. Algumas dicas importantes são: 

  • Criar rotinas previsíveis e seguras; 
  • Estimular a comunicação de forma positiva; 
  • Estar atento às necessidades sensoriais da criança; 
  • Buscar apoio em grupos de famílias, profissionais e instituições que atuam com o tema. 

Mais do que tudo, é essencial enxergar a criança como um ser único, com habilidades, interesses e sentimentos próprios. 

Por que falar sobre autismo é importante? 

A desinformação ainda é um dos maiores obstáculos enfrentados por pessoas com autismo e suas famílias. Ao falar sobre o tema, contribui-se para o combate ao preconceito, à exclusão e à invisibilidade. O Abril Azul é uma oportunidade para refletir sobre a importância do respeito à diversidade e do direito de toda criança crescer com dignidade, inclusão e proteção.

Siga a Fundação Abrinq no Instagram @fundacaoabrinq

 

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