
Estão abertas até 31 de agosto as inscrições para o Edital Coletivos 2026–2027, iniciativa da Fundação Abrinq voltada ao fortalecimento de grupos periféricos que atuam com crianças e adolescentes em territórios de vulnerabilidade social. Com apoio técnico, financeiro e institucional, o projeto contribui para que coletivos ampliem sua atuação e promovam ações que fazem a diferença no dia a dia de meninas e meninos em diversas regiões do Brasil.
Podem se inscrever nesta edição coletivos das regiões Norte e Sudeste, com exceção dos estados do Pará e do Rio de Janeiro. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo site edital.fadc.org.br/coletivos. No mesmo endereço, também estão disponíveis o regulamento completo, orientações detalhadas e respostas para dúvidas frequentes.
“Participar do Projeto Coletivos é muito importante porque, financeiramente, a gente consegue ter uma ação muito mais eficiente dentro de periferias, pelo menos falando do ponto de um coletivo que é itinerante. Além disso, é muito importante para ter um alcance muito maior, de mais crianças, de mais jovens, dentro das atividades. Isso também permite conseguir ter uma articulação maior com outros coletivos, porque, afinal de contas, quando a gente tem mais esse incentivo, consegue ter mais atividades e, consequentemente, consegue abraçar não só mais crianças, mas mais coletivos que também atuam junto à infância e à juventude”, explica João Victor Feio, do Sarau em Movimento, grupo que já foi conveniado ao projeto.
Ações que transformam realidades
Com o apoio da Fundação Abrinq, os coletivos parceiros realizaram, ao longo do ano, diversas ações com foco no desenvolvimento integral, na cultura, na educação e na proteção de crianças e adolescentes. Confira alguns exemplos:
Coletivo Megê
- Promoveu o evento Conexão Periférica, com grafite, música, dança, oficinas, batalha de rima e outras atividades artísticas, fortalecendo os vínculos comunitários no território.
Barramar
- Realizou o batizado de cordas das crianças e dos adolescentes junto a outros núcleos da Associação Zumbi Capoeira, além da Ação de Páscoa, com brincadeiras e doações em parceria com coletivos locais.
Instituto Além dos Olhos
- Levou crianças ao Museu da Imagem e do Som em parceria com a Biblioteca Viva e promoveu a Páscoa Solidária, com brincadeiras, pinturas, kits e lanches.
Biblioteca Comunitária Sabiá
- Organizou um bloquinho de carnaval com o apoio do projeto e, posteriormente, levou crianças a uma apresentação teatral sobre educação ambiental, encerrada com uma roda de capoeira.
Chibé
- Realizou o Laboratório de Arte e Meio Ambiente, com condução da artista visual Yasmin Souza, estimulando o pensamento crítico das crianças sobre a preservação ambiental.
Autonomia ZN
- Desenvolveu uma atividade educativa inspirada no Projeto Morrinho, ensinando o conceito de Cidade Esponja às crianças com base na realidade do território.

Sarau em Movimento
- Reuniu crianças do Abrigo Liberdade para apresentações artísticas com técnicas de malabarismo e fogo, encantando o público com a participação da artista Jéssica.
Cia Mirabólica
- Apresentou uma peça com o tema Contadeira, histórias e brincadeiras para as crianças de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), promovendo interação e estímulo à imaginação.
RPG & Cultura
- Ofereceu uma oficina de culinária voltada à produção de ovos de Páscoa, envolvendo crianças, adolescentes e seus familiares.
Uno Brasil e Abadá Jabaquara
- Organizaram, juntos, uma aula de capoeira com demonstrações e participação ativa das crianças no aprendizado dos movimentos e da música.
Associação dos Rimadores
- Promoveu uma atividade com oficina de libras e apresentação de beatbox feita por uma artista mirim, garantindo acessibilidade e protagonismo infantil.
Saberes em Ação
- Lançou o evento Esporte na rua do meu bairro, com aulas de diferentes modalidades conduzidas por voluntários, promovendo lazer e movimento.
Biblioteca Comunitária Livro Livre Curió
- Levou crianças à XV Bienal Internacional do Livro do Ceará, garantindo acesso à leitura, brincadeiras e cultura.
“Uma grande dificuldade que a gente tinha é que antes a gente só conseguia fazer uma ou duas visitas, no máximo, ao ano com as crianças, porque sempre temos que pagar o transporte, a alimentação deles, e ficava muito caro. Como a gente não tinha recurso, era muito difícil”, explica Ruth Lima, do Instituto Além dos Olhos, sobre as mudanças positivas proporcionadas pela parceria com a Fundação Abrinq.
Inscreva seu coletivo
Se você faz parte de um coletivo que atua em periferias urbanas e tem como foco crianças e adolescentes, essa é a oportunidade de fortalecer sua iniciativa com apoio da Fundação Abrinq. Não perca o prazo: as inscrições vão até 31 de agosto.
Acesse edital.fadc.org.br/coletivos e saiba como participar.