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Com o apoio da Fundação Abrinq adolescentes passam a valorizar a vida no campo

15/03/2019
Projeto Escola no Campo, Valorização da vida no campo

Cristais Paulista é uma cidade localizada no interior de São Paulo. Com pouco mais de 7 mil habitantes, o município é marcado pela alta produção de café e leite e apesar de possuir uma grande área rural, alguns alunos da Escola Municipal de Educação Básica Amélio de Paula Coelho enfrentavam diversos preconceitos dos alunos que residem em centros urbanos.

Durante muito tempo, os alunos que viviam em zonas rurais eram chamados de “Anjos da Roça”, com conotação sarcástica por parte dos demais, que não sabiam a importância que o campo tem para o município. 

Com o Projeto Escola no Campo, a escola, que atende do 6º ao 9º do Ensino Fundamental, passou a inserir temas primordiais à infância na grade curricular, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, trabalho infantil, meio ambiente e a valorização da vida no campo. Os temas foram inseridos em aulas diferentes, visando a melhor absorção do projeto e a participação do corpo docente. 

Com o decorrer das aulas, os adolescentes passaram a entender a relevância da agricultura para o município. Segundo o diretor da escola, Isaac Fernandez, o comportamento dos alunos mudou perante o assunto: “Eles começaram a mudar essa nomenclatura e dar mais valor aos meninos da zona rural, da fazenda, porque é de lá que vem grande parte ou todo o sustento da cidade”, relata. 

Para Lucas*, de 11 anos, “ao mesmo tempo que o projeto ensina, é divertido”, e a valorização da vida no campo de fato foi eficiente nas salas de aula. Os alunos não só aprenderam sobre o assunto como passaram a admirá-lo.

Matheus*, aluno que participa do projeto, percebeu na prática essa mudança nos colegas. Residente da zona rural, sua família produz leites e queijos e sua mãe os vende para algumas feiras próximas da residência. Após a escola abordar o assunto, Matheus sentiu-se à vontade para contar que a família vende leite natural — sem passar por nenhum processo industrial — e passou a divulgar entre os colegas. 

Com a notícia, diversas mães se interessaram e começaram a comprar o alimento. “Ele começou a falar que na fazenda tinha e muitas mães começaram a comprar. Agora ela (mãe do Matheus) vem de carro e traz as garrafas pets com leite e entrega para várias famílias aqui na cidade”, conta Isaac. 

A ação aumentou as vendas e a renda da família, mostrando de fato o valor que o campo tem para a sociedade em geral. 

O Projeto Escola no Campo, da Syngenta com o apoio da Fundação Abrinq, visa potencializar o desenvolvimento dos alunos dos 5º e 6º anos, levando às escolas públicas do campo informações sobre os direitos da criança e do adolescente, a conservação dos recursos naturais e a importância da agricultura para a sociedade. No último ano, mais de 16 mil crianças e adolescentes foram beneficiados. Saiba mais sobre o projeto: https://fadc.org.br/o-que-fazemos/projeto-escola-no-campo e confira o vídeo sobre meio ambiente e sustentabilidade.

 

* Nomes alterados para preservar as identidades das crianças. 
 

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