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Dia Mundial da Saúde: veja os principais indicadores sobre o tema relacionados à infância e adolescência

07/04/2022
Dia Mundial da Saúde: veja os principais indicadores sobre o tema relacionados à infância e a adolescência

No dia 7 de abril é celebrado o Dia Mundial da Saúde, em comemoração à data criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Um momento para que questões sérias relacionadas ao assunto sejam trabalhadas, garantindo a conscientização sobre o tema e estimulando a criação de políticas voltadas ao bem-estar da população.

A Saúde é um direito universal de todo o ser humano. Ainda assim, crianças e adolescentes enfrentam muitos desafios para terem esse direito assegurado.

Os dados da última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2021, mostram que somente 75,7% das crianças e dos adolescentes, de 0 a 17 anos, visitaram o médico, enquanto 51,2% passaram por consultas odontológicas. As famílias mais afetadas pela ausência de atendimentos são as dos grupos que detêm menor poder aquisitivo, e, consequentemente, estão expostas a uma maior vulnerabilidade e risco social.

O Cenário da Infância e Adolescência no Brasil 2022, da Fundação Abrinq, lançado em março, reúne indicadores sociais sobre crianças e adolescentes, como desnutrição, mortalidade infantil e materna e, além de relacionar os dados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o estudo possibilita analisar os impactos da pandemia causada pela COVID-19 no país, em especial nos índices relacionados à Saúde.

Desnutrição

A pandemia afetou diretamente as crianças e os adolescentes no Brasil. É possível verificar o agravamento da fome e da situação nutricional infantil, em especial aquelas em situação de vulnerabilidade social. Em 2020, mais de 279 mil crianças, entre 0 e 5 anos, estavam em situação de obesidade e 162 mil desnutridas.

Muitas famílias com crianças tiveram queda na renda, o que gerou um impacto grande em toda a situação familiar, com um aumento do número de famílias que não conseguiram se alimentar adequadamente.

A situação se agravou ainda mais com o fechamento das escolas, pois muitas crianças deixaram de ter acesso à alimentação escolar que, muitas vezes, era a única garantia de refeição para elas. Em muitas unidades, as crianças e os adolescentes faziam até cinco refeições diárias e isso foi interrompido, impactando diretamente nas famílias, uma vez que elas passaram a ficar em casa.

A carência de alimentos atingiu também as gestantes, situação que predispõe a desnutrição intrauterina e o aumento de crianças nascidas com baixo peso. Isso afeta tanto a sobrevivência infantil quanto impacta a saúde dessas crianças e influencia em seu desenvolvimento. Veja o gráfico abaixo:

Desnutrição

 

Mortalidade

A mortalidade materna segue sendo um dos maiores desafios brasileiros para o cumprimento da Agenda 2030. De acordo com a Meta 3.1 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a razão da mortalidade materna no país precisa ser reduzida para 30 mortes a cada 100 mil nascidos vivos, e o que se constatou em 2020 foi o maior aumento já registrado neste indicador desde 2010.

Em 2020, foram 67,9 mortes a cada 100 mil nascidos vivos. Porém, na região Norte esse indicador chegou a 92,2, enquanto que, no Nordeste, a taxa foi de 81,3 no ano passado. A menor proporção de mortes maternas acontece no Sul, com 42,2. Confira os dados no gráfico abaixo:

mortalidade

 

Os dados relativos à mortalidade de crianças, no ano de 2020, demonstram queda. Uma das explicações é a simultânea redução no número de nascidos vivos. Mesmo com a queda verificada, os índices ainda são preocupantes: só em 2020, foram registrados 31.347 óbitos de bebês menores de 1 ano e 35.901 com menos de 5 anos.

A mortalidade infantil tem causas normalmente evitáveis, relacionadas às condições em que a criança vive. A meta 3.2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável preconiza que o Brasil precisa, até 2030, enfrentar as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, com o objetivo de reduzir a taxa da mortalidade infantil para no máximo cinco por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade na infância para no máximo oito por 1.000 nascidos vivos.

Consultas pré-natal

Um impacto adicional da pandemia de COVID-19 no Brasil, verificado a partir da divulgação dos dados parciais dos nascimentos no ano de 2020, foi a primeira queda na realização de consultas pré-natais desde o ano 2000.

O receio da exposição ao vírus contribuiu para a queda da frequência das gestantes às consultas pré-natal, reduzindo em 1,9% a proporção de nascidos de mães que realizaram ao menos sete consultas de pré-natal.

pré-natal

 

Promover o acesso à Saúde

Desde 1990, a Fundação Abrinq trabalha diariamente para minimizar problemas como estes e levar mais qualidade de vida para milhares de crianças e adolescentes em todo o Brasil.

Por meio de programas e projetos, atua para promover o acesso à Saúde para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, melhorar a qualidade dos atendimentos às gestantes e trabalhar na redução dos índices de mortalidade materna e infantil, incentivando o aleitamento materno e a alimentação saudável, importantes ferramentas no combate à fome e a desnutrição infantis.

No ano passado, 69.917 crianças e adolescentes foram beneficiados pela atuação da Fundação Abrinq. Confira o Relatório Anual 2021 aqui.

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