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O que é HPV e como se proteger da contaminação

19/03/2024
O que é HPV e como se proteger da contaminação

O Papilomavírus Humano, mais conhecido como HPV, é uma infecção viral comum transmitida principalmente por meio de relações sexuais. O HPV é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais prevalentes em todo o mundo.

O que é o HPV?

Trata-se de um grupo de vírus que podem infectar várias áreas do corpo, incluindo a pele e as mucosas genitais. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, dos quais cerca de 40 afetam a área genital e 14 deles podem ser cancerígenos.

Quem está em maior risco de infecção por HPV?

Qualquer pessoa sexualmente ativa pode contrair o HPV, independentemente do gênero, orientação sexual ou idade. No entanto, o risco de infecção é maior em jovens sexualmente ativos, especialmente aqueles que têm múltiplos parceiros sexuais.

O que causa o HPV?

O HPV é transmitido principalmente por meio do contato direto com a pele ou mucosas infectadas durante atividades sexuais. A infecção pode ocorrer mesmo na ausência de sintomas visíveis, o que torna difícil detectar a presença do vírus.

O impacto do HPV

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, dois tipos de vírus do HPV são responsáveis por causar 70% dos casos de câncer do colo do útero e/ou lesões pré-cancerosas. No Brasil, este tipo de câncer causou 6.627 mortes em 2020. A estimativa do Ministério de Saúde é de que, entre 2023 e 2025, 17 mil mulheres recebam o diagnóstico relacionado a este tipo de tumor. Trata-se de uma das principais causas de morte entre as mulheres.

No entanto, o diagnóstico da infecção com o vírus não significa que a pessoa desenvolverá problemas mais graves. De acordo com a Fiocruz, estima-se que 80% das pessoas que tiverem relações sexuais ao longo da vida irão se contaminar, e 5% delas poderão manifestar algum sintoma da infecção.

HPV 2

Como funciona a vacina contra o HPV?

A vacina contra o HPV é uma importante aliada na prevenção da infecção pelo vírus. Ela estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos contra os tipos mais comuns de HPV associados ao câncer e às verrugas genitais, um dos principais sintomas. A vacina é mais eficaz quando administrada antes do início da atividade sexual, idealmente durante a adolescência. No entanto, mesmo aqueles que já são sexualmente ativos podem se beneficiar da vacinação.

No Brasil, a vacina está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É recomendada para meninas e mulheres com idades entre 9 e 26 anos, e para meninos de 9 a 14 anos. Preferencialmente, deve ser realizada entre os 9 e 14 anos, período em que é mais eficaz, de acordo com o Ministério da Saúde. Também é o período em que, tecnicamente, ainda não possuem uma vida sexual ativa.

Em 2014, a vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano foi introduzida no Calendário Nacional de Vacinação. De acordo com a bula da vacina, a orientação é de que ela seja aplicada em três doses, sendo que a segunda deve ser tomada dois meses após a primeira, assim como a terceira deve ser aplicada seis meses após a dose inicial.

Apesar de já estar incorporada há algum tempo no calendário, os números de vacinação estão abaixo do esperado no Brasil. Segundo o Instituto Butantan, produtor da vacina, 57% das meninas elegíveis foram imunizadas, enquanto apenas 37% dos meninos se vacinaram. Alguns dos motivos apontados pela instituição para os baixos números são a desinformação e a disseminação de fake news sobre o tema. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% da população elegível.

Por isso, as campanhas de vacinação para contra o vírus desempenham um papel fundamental no combate à desinformação sobre o HPV, pois oferecem uma maneira eficaz de prevenir a infecção e, consequentemente, reduzir o risco de desenvolvimento de cânceres associados a ela.
 

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