
Segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 9 milhões de indivíduos com mais de 15 anos no Brasil não sabem ler e escrever. Essa é uma fragilidade grave, pois não ser alfabetizado causa muitos impactos negativos ao longo das vidas das pessoas.
Sabendo disso, a Fundação Abrinq desenvolve o Projeto Alfabetiza, para melhorar as práticas pedagógicas nas escolas e garantir a alfabetização de crianças em situação de vulnerabilidade. Para entender melhor como o projeto funciona, conheça a seguir a história da Renata*.

Aprendendo a ler e a escrever
Em 2024, a Renata, com apenas 6 anos, estava estudando em uma das escolas públicas de São Paulo – SP participantes do Projeto Alfabetiza. Quando a professora Sonize começou a ensiná-la, a criança estava em uma das primeiras etapas da alfabetização, tendo já alguma noção de que as palavras são formadas por partes menores – as sílabas -, mas sem entender que são formadas por uma junção de letras que formam um som específico. Isso quer dizer que, ao tentar escrever uma palavra com três sílabas, ela acreditava que precisava de três letras, normalmente as poucas que já conhecia, como as do próprio nome.
Dentro de alguns meses, participando das atividades de alfabetização criadas pela professora Sonize a partir do curso de formação dado pela Fundação Abrinq, como a construção de crachás para os alunos, a contação de cantigas populares e parlendas, a distribuição de livros para leitura compartilhada e o uso de fichas de leitura, Renata avançou rapidamente para uma etapa em que já conhecia muitas letras e algumas sílabas, quase conseguindo formar as palavras. A imagem abaixo mostra um exemplo da lição dela na época.

Apenas dois meses depois, já houve muitos avanços. Na imagem da esquerda, é possível notar que Renata apenas erra sílabas mais complexas, compostas por mais de duas letras. Já a lição da direita foi feita no final do ano, e mostra como a menina já conseguia reproduzir textos mais longos, como a canção O Sapo Não Lava o Pé.

Atualmente, a Renata consegue recitar trechos de livros, já conseguindo ler direitinho, até palavras um pouco mais difíceis. É perceptível o quanto as ações do Projeto Alfabetiza contribuíram para que ela aprendesse essa habilidade no tempo certo, abrindo portas para um futuro mais promissor a partir de agora.
*Nome e imagem verdadeiros da criança alterados