A última quinta-feira (26) começou cedo para a Fundação Abrinq, que iniciou o dia realizando os últimos ajustes para que o 3º Congresso Brasileiro dos Direitos da Criança e do Adolescente acontecesse. Quando o relógio apontou 8h30, o portão do Espaço Unibes Cultural, localizado em São Paulo, abriu e os convidados começaram a realizar o credenciamento para participar de um dos maiores eventos sobre a infância e adolescência do País.
Para marcar a essência da Fundação Abrinq, o congresso começou com uma fala do Synésio Batista da Costa, presidente da instituição, seguida por uma roda de conversa composta por quatro jovens que já foram beneficiados por organizações da sociedade civil conveniadas à Fundação e que, no evento, relataram como o acontecimento proporcionou novos recomeços em suas vidas.
Após a abertura, os participantes prestigiaram o professor, escritor e filósofo, Mario Sergio Cortella, que abrilhantou a manhã com a palestra Cenários Turbulentos, Mudanças Velozes.
Com o fim da fala do professor, a plateia foi surpreendida com uma apresentação realizada pelo grupo Arrasta-Lata, do Projeto Arrastão — parceiro da Fundação Abrinq desde 1993. Ao todo, 15 crianças e adolescentes fizeram uma intervenção no teatro com muita música, dança e animação. Alegria essa que tomou conta das pessoas presentes no local.
A apresentação do Arrasta-Lata foi a deixa para iniciarem as palestras simultâneas, que compuseram o restante do congresso. Ainda no período da manhã, os mais de 350 convidados puderam escolher entre quatro diferentes palestras:
• O poder extraordinário da família e da escola, ministrada pela Taís e Roberta Bento;
• Diversidade e equidade de gênero, ministrada pela Cris Guterres;
• A importância do brincar, ministrada pela Tizuko Kishimoto;
• Trabalho infantil, ministrada pela Bruna Ribeiro e Michelly Antunes.
As escolhas realizadas por afinidade com o tema, motivada pelos palestrantes ou até mesmo porque outras salas estavam lotadas, proporcionou para todos uma rodada de muitos aprendizados, conhecimentos reciclados e networking com outros profissionais.
“É um evento que vem para enriquecer muito. A qualidade do trabalho e a troca de experiências nos fazem crescer bastante e poder transmitir isso no dia a dia durante o atendimento aos nossos beneficiários”, explica Ana Beatriz, participante do evento.
Após o almoço, disponibilizado pelo próprio evento, as pessoas começaram a se direcionar para as palestras de suas preferências:
• Sustentabilidade: uma agenda estratégica e inadiável, ministrada pela Sonia Consiglio;
• Por que compreender o desenvolvimento infantil pode nos ajudar a transformar o mundo em um lugar melhor?, ministrada pela Renata Lela;
• Saúde mental de crianças e adolescentes, ministrada pela Adriana Fóz;
• Educação não violenta, ministrada pela Lícia Assbu e Cassia Longo.
Entre uma palestra e outra, os participantes puderam parar para tomar um café, repor o fôlego e voltar para mais um ciclo de muitos debates, desta vez composto por três palestras, são elas:
• Luto no pós-pandemia, ministrada pela Karen Scavacini;
• Todo mundo tem mãe, ministrada pela Nati Nogueira;
• Políticas públicas e gestão municipal, ministrada pelo Diego Bezerra e Marta Volpi.
“São temas muito amplos que poderíamos ficar aqui por muito tempo, mas os assuntos escolhidos e as palestras que estou participando são interessantes. Os palestrantes estão preparados e por dentro dos assuntos. Foi muito proveitoso”, compartilha Carlos Alberto, participante do evento.
Para marcar o encerramento, após um longo dia, o 3º Congresso Brasileiro dos Direitos da Criança e do Adolescente realizou uma mesa redonda, na qual Eduardo Bernini, Luiz Antonio Ferreira e Vitor Seravalli, conselheiros da Fundação Abrinq, mediados pelo jornalista Milton Jung, debateram e propuseram reflexões sobre A criança do futuro.
“Ficamos muito felizes com o resultado do congresso. O nosso principal objetivo era proporcionar o debate sobre temas prioritários para a infância e adolescência e conseguimos. Recebemos muitos feedbacks positivos e temos certeza que proporcionamos aos participantes a reflexão sobre as ações necessárias para termos uma infância de qualidade e com todos os direitos assegurados. Ressalto que tudo isso só foi possível graças ao apoio dos palestrantes que desde o nosso primeiro contato foram solícitos e aceitaram participar de forma voluntária. O sucesso do evento também é fruto do esforço deles”, menciona Victor Graça, gerente executivo da Fundação Abrinq.